Investir na agricultura – quais as razões económicas?

investir na agriculturaNum contexto de crise económica, com o abrandamento ou mesmo recessão em várias economias na Europa e o aumento do desemprego, a procura de soluções de investimento, criação e geração de riqueza e valor ganha uma nova importância.

O artigo de hoje debruça-se sobre o tema Investir na Agricultura como uma possível solução, mas abordando as razões fundamentais por detrás desta ideia de investimento, tentando contrariar a “emoção” por detrás da onda de investimentos neste sector gerada pela criação de programas de incentivos como o PRODER.

Antes de mais realçamos a importância que programas como o PRODER estão a ter no desenvolvimento da actividade agrícola em Portugal.

Os níveis de subsídios atribuídos, especialmente no caso de jovens agricultores, são um forte motivador para por vezes qualquer pessoa, com ou sem experiência, querer investir na agricultura.

A agricultura é uma forma de vida como outra qualquer, pode ser geradora de emprego, riqueza, mas é antes de mais nos tempos que correm, um negócio. E um negócio exige do investidor uma dedicação considerável se este quiser garantir o seu sucesso.

Investir na agricultura – as razões económicas por detrás desta decisão de investimento

investir na agriculturaPodemos enumerar várias razões pelas quais investir na agricultura pode ser um bom investimento, mas antes de mais vamos focar-nos em razões macro, razões que nos dão uma visão como um todo e não apenas uma reacção a eventos de curto prazo. Se é certo que há boas oportunidades que vão aparecendo por subida de preços de uma determinada cultura ou por aumento de procura maior que a oferta, acreditamos que deve ser feita uma análise alargada ao que se passa no mundo para perceber as mais valias de investir na agricultura. Focamos neste artigo, duas razões essenciais:

– Aumento populacional;

– Globalização.

O aumento populacional mundial é inegável e de acordo com as últimas previsões da ONU, nada indica que nos próximos 50 anos a população do planeta pare de aumentar. Há factores que poderiam afectar estas previsões, como a ocorrência de catástrofes naturais ou problemas de saúde generalizados, no entanto são factores de baixa probabilidade de ocorrência. Se tudo continuar como até aqui, a população irá continuar a aumentar, com “mais bocas para comer”, significando que investir na agricultura é não só viável, mas necessário para garantir o abastecimento continuado dos mercados.


A globalização é o outro forte motivo para justificar investir na agricultura. A globalização tem vindo progressivamente a retirar uma boa parte da população mundial debaixo dos limiares da pobreza, aumentando o seu poder de compra e fundamentalmente melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Vários países no Sudeste Asiático e Américal do Sul atravessam ou irão atravessar esta realidade. O aumento do poder de compra leva a que as famílias consumam mais calorias e alterem os seus hábitos alimentares, consumindo por exemplo mais carne, um fenómeno que já ocorreu em Portugal em tempos.

está  a melhorar condições de vida de muitos povos no mundo que melhoram a sua dieta, consumindo mais calorias e mais carne por exemplo

Investir na agricultura – o caso português

Até aqui focámos em razões macro para justificar um investir na agricultura. No entanto, é importante perceber para um leitor em Portugal que para além destas razões há uma outra fundamental. Portugal mantém o saldo negativo na sua balança comercial, significando que continua a importar mais do que exportar e importamos pelo simples facto de não conseguirmos satisfazer a procura interna. Seja na agricultura ou noutros sectores, os números confirmam esta realidade. Esta realidade contribui para que se queira manter a existência de programas como o PRODER pois para além de promoverem projectos exportadores, promovem muitas vezes projectos que vêm substituir importações e como tal dar um contributo muito forte à economia portuguesa, não só pela riqueza que é mantida dentro de portas mas também pelos empregos criados e mantidos em território nacional.

 


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